No exercício da medicina e das profissões da saúde, é cada vez mais necessária uma atuação não apenas ética e técnica, mas também juridicamente responsável. Diante do aumento de judicializações, sobretudo em ações por supostos erros médicos, omissões ou falhas na prestação de informações, clínicas e profissionais precisam adotar medidas preventivas e eficazes para resguardar sua atuação.
Nesse cenário, três pilares ganham destaque: o consentimento informado, o prontuário médico completo e a formalização contratual, acompanhados de uma rotina administrativa clara e padronizada.
Consentimento Informado: proteção do profissional e autonomia do paciente
O termo de consentimento informado é mais do que um simples documento assinado. Trata-se de uma exigência legal e ética que garante ao paciente o direito de ser informado — de forma clara e compreensível — sobre os riscos, benefícios e alternativas de um determinado tratamento, procedimento ou cirurgia.
Sem esse cuidado, a atuação do profissional pode ser questionada, mesmo que tecnicamente correta. A ausência de consentimento registrado é com frequência utilizada como argumento em ações judiciais por danos morais ou materiais. Ter o documento assinado e adequadamente arquivado é uma das primeiras barreiras contra a judicialização infundada.
Prontuário Médico: elemento essencial para defesa em eventual litígio
O prontuário é uma ferramenta indispensável tanto para o acompanhamento do tratamento quanto para a defesa do profissional de saúde em demandas judiciais ou administrativas. Ele deve ser preenchido de forma contínua, detalhada e verídica, contemplando sintomas relatados, condutas adotadas, exames solicitados, orientações dadas e evolução do paciente.
Prontuários incompletos ou genéricos comprometem a prova da regularidade da conduta médica. Em muitos casos, a ausência de registros objetivos já foi fator decisivo para condenações por suposto erro médico. Manter o prontuário atualizado é uma obrigação legal e uma estratégia de proteção profissional.
A importância do contrato nos tratamentos e procedimentos
Outro ponto muitas vezes negligenciado é a formalização contratual. Procedimentos eletivos, estéticos, cirurgias particulares e terapias continuadas devem ser objeto de um contrato de prestação de serviços. Esse contrato deve conter informações sobre valores, forma de pagamento, responsabilidades, limitações do procedimento, eventuais riscos e condições de cancelamento.
O contrato evita conflitos e facilita a resolução de divergências, especialmente quando envolve expectativas do paciente quanto a resultados. Além disso, atua como importante instrumento de prova, principalmente nos casos em que o procedimento envolve pagamento direto ou particular.
Rotinas internas e protocolos: prevenção jurídica eficiente
Por fim, é essencial que clínicas e consultórios adotem rotinas administrativas padronizadas para coleta de consentimentos, elaboração e arquivamento de prontuários, preenchimento de contratos e registro de condutas. Equipes treinadas, formulários padronizados, controle documental e digitalização de arquivos são práticas que aumentam a segurança jurídica e reduzem riscos de ações judiciais.
Contar com o apoio jurídico especializado na área da saúde é uma forma de revisar rotinas internas, redigir documentos adequados à legislação vigente e preparar o profissional para o enfrentamento de eventuais demandas.
A equipe da Ryzy Advogados Associados atua na orientação jurídica preventiva e contenciosa de clínicas, médicos, dentistas, fisioterapeutas, biomédicos e profissionais da saúde em toda a região de Guarapuava e municípios do Paraná, oferecendo suporte estratégico em demandas de responsabilidade civil, compliance e estruturação jurídica de serviços em saúde.
Assessoria de imprensa
Ryzy Advogados Associados
OAB/PR 11.914